ONDE OS PÁSSAROS BATEM E MORREM - TRÍPTICO - 2022
Este é trabalho se constrói como um corpo, um tríptico: Vídeo . Performance . Mobgrafia.
Composto por um processo de criação inter suportes e linguagens expandidas, o trabalho conta com um vídeo, uma performance e um conjunto de foto performances, todas de mesmo nome e numeradas 1/3, 2/3 e 3/3 respectivamente. Podem ser apresentadas separadamente ou em sua máxima potência juntas.
Fachadas espelhadas construídas pelo ser humano matam pássaros. Este trabalho se dispõe a ouvir os corpos humanos e não humanos envolvidos nesta questão: os pássaros (em vídeo), as fachadas espelhadas simuladas em uma materialidade flexível e térmica (a performance) e o olhar do ser humano nesta questão (a mobgrafia). As três partes que compõem o todo tem sua ignição a partir do filme Pássaros de Alfred Hitchcock somado a um trecho do poema Amavisse(1989) de Hilda Hilst para a construção de uma dramaturgia espiralada mapeada sempre a partir do outro, convidando também o espectador para observar atentamente e além tomando pra si e elabrando cada um seus significados.
“Só cantei a ti
Pássaro- poesia e a paisagem limite: o fosso
O extremo
A convulsão do homem”
PARTE 1/3 : video
David Hinton criou Birds, uma videodança com pássaros, disruptiva e provocativa. Como um videodança resposta a Hinton, através do trecho de um poema de Hilda Hilst, o trabalho constrói uma dramaturgia coreográfica da insurgência de corpos não humanos. Em uma dança coletiva e social subvertem os acontecimentos que a humanidade impõe e que, através do movimento e senso coletivo, restituem seu espaço no mundo.
FICHA TÉCNICA:
Idealização, dramaturgia e edição :Fernanda Nicolini
Música open license - Bucolic Acrylic - Dan Bodan
Filmes : Birds - David Hinton / The Birds - Alfred Hitchcock
PARTE 2/3 : live performance
A performance se dá em um jogo de improviso entre dois corpos, um humano e outro não humano a partir de alguns gestos já estabelecidos trabalhados na repetição e no resgate. Ora dois, ora um corpo é visível, oras corpos são espaço e refletem o entorno. Os corpos se tornam o espaço tentando contrariar a máxima de que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar. NÃO PODEM? A performance acontece a partir de regras pré estabelecidas mas também se abre ao acaso das ações de outros elementos que podem agir no trabalho como a incidência do ar e sonoridades.
FICHA TÉCNICA
-Fernanda Nicolini, direção, pesquisa de movimento , performance e figurino
-Corpo Metálico Térmico, CMT , performance
-Monnica Emilio, colaboração artística
-Marcelo Sant’Anna, captação de imagens e consultoria visual.
PARTE 3/3 : fotoperformance
Uma visão sobre os corpos em movimento a partir de uma perspectiva poética sobre o choque, o vôo e a morte.
FICHA TÉCNICA
-Fernanda Nicolini, performance ,idealização e tratamento de imagens
-Marcelo Sant’Anna, mobgrafias
VIDEO - OLOR DULCE (2021)
dURANTE A INFÂNCIA GANHEI DA MINHA AVÓ ESTE OBJETO EM FORMATO DE MÁQUINA DE COSTURA COM UM LÍQUIDO PERFUMADO DENTRO. rECEBI O PRESENTE COM A ORIENTAÇÃO DE NUNCA ABRIR. Chegou a hora de desobedecer e trazer de volta memórias através de um cheiro que eu nunca senti.. Video selecionado e eintegrante do 4º Encuentro de Video pelo UMBRAL ESpacio de Arte, em Buenos Aires - Argentina. em 2021.
VIDEO - INVENTÁRIO ( 2020)
Ao longo de 155 dias de quarentena devido a pandemia de covid 19 , com inicio em 2020, alimentei um pote de vidro com aprendizados. Este video documenta a abertura deste pote e a leitura, através da repetição do gesto.
Video premiado pelo edital Respirarte pela FUNARTE.
VIDEO - MESSAGE TO BALZAC (2020)
E se pudésemos enviar uma mensagem, um recado dançado para Balzac sobre os costumes novos durante a pandemia de covid19? Este video leva a mensagem através do gesto e da fala como gesto em um momento inicial de isolamento, desconhecimento e des_perspectiva.
Video foi selecionado Pelo Tanz Wuppertal Pina Bausch Create e foi premiado pelo Festival Up na categoria Dança, ambos em 2020.
OBJETO DE MEMÓRIAS CASULO + PROCESSO CRIATIVO (2020)
5 dias 5 lives abertas no instagram para documentar o processo de criação do objeto CASULO, feito através de ressignificação de fios eletrônicos e que os mesmo fora usados na performance Manual Derivado entre 2018 e 2019. Como uma janela aberta o publica transita, comenta, participa ou apenas observa o gesto, o movimento e o caminho de criar algo novo em isolamento social pela Pandemia de Covid 19.
O.T.R.A. (2019)
Na medida das coisas, uma medida para as coisas. Medida pra tudo. Desmedido que me cabe e o que eu faço caber. Uma síntese que soma e uma adição que retira. Me retiro pra somar criando uma nova pele em troca a todo instante sendo dentro e fora ao mesmo tempo. Crio pele, carcaça, couraça, limite extra que borra. Uma carcaça porosa que me estranha acolhendo, me cabe. Uma carcaça gentil que me recebe com um abraço e me mostra como é ser de um outro jeito.
O.T.R.A é uma reflexão desmedida sobre nossa medida ou a medida que nos dão. É sobre meios de compreender como somamos mundos, ora nós, ora coisa. Ainda nós, um constante outro de nós. O trabalho teve início de sua criação quando contemplado pelo programa de residencias artisticas do CCO RJ 2019., se apresentando em formato fragmento/in progress no Teatro Cacilda Becker (RJ).
Direção, interpretação e coreografia: Fernanda Nicolini / Colaboração Artística: Paula Mori / Trilha Sonora Original : Marcelo Sant’Anna / Voz e idealização de luz: Fernanda Nicolini / Figurino e resíduos: Odyssee / Agradecimento: Centro Coreográfico do Rio de Janeiro
MANUAL DERIVADO (2018)
Manual Derivado é uma performance que faz o contraponto entre saberes manuais e a tecnologia. Propõe que nos voltemos para nossas habilidades criativas ancestrais e saberes perdidos ao longo do caminho e do tempo. Partindo de imersões e reflexões sobre os objetos técnicos e os gadgets de Jean Baudrillard, o trabalho tem como provocação também a substituição e subversão de usos dos objetos em ambiência e consonância com sua função ou não. Ressignificando o fio eletrônico obsoleto em um fio construtor para um tricô/trança/trama em conjunto, sem forma pré estabelecida, sem propósito físico ou estético, a troca de saberes e práticas acontece no instante, efêmero, assim como a reflexão. Diálogos, partilhas, construção coletiva entre artista e público.
O trabalho já foi apresentado no Centro Coreográfico do RJ, no CRAB (RJ), No Centro Municipal de Arte Helio Oiticica selecionado pelo edital Pega II da revista DESVIO, Imagina Transforma_ação UFF CMAHO, Caixa Preta RJ, Espaço Apis como programação do festival Corpos Críticos #2, e Museu da República RJ.Idealização e performance : Fernanda NicoliniResíduos: Odyssee
VIDEO - PEDRA NO CAMINHO (2018)
Pedra no Caminho dá início a uma pesquisa em série sobre a integração entre a arte, a cidade e a sociedade. A arte que se descontextualiza dos padrões e locais normativos, a arte que vai de encontro a você. A arte que pode alterar seu trajeto imediato. A arte-obstáculo. Baseada no poema de Carlos Drummond de Andrade ' No Meio do Caminho' Performance : Fernanda Nicolini Trilha sonora e Imagens: Marcelo Sant'Anna Rio de Janeiro . Brasil . 2018